SUS economizaria R$ 745 mi e país salvaria 1.200 vidas por ano com saneamento universalizado.
O Brasil poderia economizar R$ 745 milhões em gastos com internações no Sistema Único de Saúde (SUS) e salvar mais de 1.200 vidas por ano se toda a população tivesse acesso ao saneamento básico. Essas são algumas das conclusões da pesquisa Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro, divulgada no dia 20/7, pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo (SP).
Os pesquisadores mostraram também que a universalização da coleta de esgoto tem consequências diretas sobre a produtividade e o ganho dos trabalhadores. De acordo com o economista e coordenador do estudo, Fernando Garcia, nos municípios em que o acesso à rede de esgoto é de 20%, a renda média dos trabalhadores alcança R$ 885. Em cidades com acesso universal, esse valor se eleva para R$ 984.
Além de afetar a saúde do trabalhador e, portanto, sua produtividade, o déficit de saneamento prejudica o desenvolvimento econômico porque impede o crescimento de determinadas atividades que gerariam emprego e investimentos. É o caso, por exemplo, da indústria turística. “Quem visita o nordeste brasileiro precisa encontrar praias limpas para que possa retornar e colocar mais dinheiro na região”, afirmou Garcia. Se todos os municípios brasileiros tivessem pleno acesso ao saneamento, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor de turismo teria um crescimento de R$ 1,9 bilhão, diz o relatório.
Segundo a pesquisa, a implantação de rede de esgoto se reflete no mercado imobiliário. Casas que contam com sistema de coleta têm seu preço valorizado em média 18%. Isso implica em aumento do patrimônio de famílias e regiões menos favorecidas.
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